Por Talyta Vespa, g1
A decisão do governo dos Estados Unidos de encerrar o financiamento a vacinas de RNA mensageiro (mRNA) gerou forte reação da comunidade científica e preocupa pesquisadores de diversas áreas, da infectologia à oncologia. O corte foi anunciado pela gestão de Donald Trump como parte de uma mudança de foco para “plataformas mais seguras”, como as vacinas de vírus inativado — tecnologia mais antiga e considerada ultrapassada por muitos especialistas.
A medida pode atrasar ou interromper dezenas de pesquisas promissoras contra doenças como câncer, HIV, Zika e o vírus sincicial respiratório além de representar um golpe à preparação global para novas pandemias.
“É um retrocesso. As vacinas de vírus inativado não podem ser aplicadas em pessoas imunodeprimidas, idosos ou gestantes — justamente os grupos mais vulneráveis”, explica Jean Gorinchteyn, infectologista e secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP).