Por O DIA
Suécia e Holanda pediram nesta sexta-feira, 29, que a União Europeia adote sanções contra Israel e Hamas, incluindo a suspensão de um acordo comercial com os israelenses. Em carta enviada à chefe de relações exteriores do bloco, Kaja Kallas, chanceleres dos dois países pediram punição específica a ministros radicais e aos colonos judeus na Cisjordânia.
A Turquia também aumentou a pressão sobre Israel nos últimos dias, ao fechar seu espaço aéreo para aviões israelenses — mais tarde, o governo esclareceu que o veto valia apenas para aeronaves transportando membros do governo e armas.
A decisão do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, seria uma reação às declarações do premiê israelense, Benjamin Netanyahu. Na terça-feira, 26, o premiê foi questionado, em entrevista em um podcast, por que Israel não reconhecia o genocídio armênio de 1915 — cometido pelos turcos otomanos, um tema sensível para a Turquia. “Mas reconhecemos. Acho que o Parlamento aprovou uma resolução nesse sentido” – o que nunca aconteceu.
Genocídio
A Turquia reagiu. “Os comentários de Netanyahu sobre os acontecimentos de 1915 são uma tentativa de explorar tragédias passadas por motivos políticos”, disse a chancelaria turca, em comunicado. Nesta sexta-feira 30, centenas de funcionários da principal agência de direitos humanos da ONU assinaram uma carta solicitando aos chefes da área que declarem a ofensiva israelense em Gaza um “genocídio” e peçam aos países que suspendam a venda de armas a Israel.
Israel nega que esteja cometendo genocídio em Gaza e não comentou a carta. Segundo os funcionários da Acnudh, ao não adotar uma medida contra Israel, a ONU desgasta o regime internacional de direitos humanos, repetindo tragédias como a de Ruanda, em 1994.