Por Reuters
O estudante de escola profissionalizante de Utah preso sob suspeita de atirar fatalmente no ativista de direita Charlie Kirk enfrentará acusações formais na semana que vem, de acordo com o governador, por um ato de violência amplamente visto como um ponto de inflexão agourento na política dos EUA.
O assassinato provocou indignação entre os apoiadores de Kirk e a condenação da violência política por parte de todo o espectro ideológico. Aliados de Kirk recorreram à internet em esforços organizados para tentar demitir qualquer pessoa que minimizasse ou zombasse de sua morte; a Reuters contabilizou até agora 15 demissões ou suspensões relacionadas a comentários sobre o assassinato.
Tyler Robinson, 22, foi preso na quinta-feira à noite depois que parentes e um amigo da família alertaram as autoridades de que ele havia se implicado no crime, disse o governador Spencer Cox na sexta-feira, em uma coletiva de imprensa: “Nós o pegamos”.
A prisão encerrou uma caçada de 33 horas ao único suspeito do assassinato de quarta-feira, que o presidente Donald Trump chamou de “assassinato hediondo”.Kirk, cofundador do grupo estudantil conservador Turning Point USA e um fiel aliado de Trump, foi morto por um único tiro de rifle disparado do telhado de um prédio durante um evento ao ar livre com a presença de 3.000 pessoas na Universidade de Utah Valley, em Orem, cerca de 65 km ao sul de Salt Lake City.
Um rifle de ferrolho que se acredita ser a arma do crime foi encontrado nas proximidades, e a polícia divulgou imagens de câmeras de vigilância mostrando uma “pessoa de interesse” vestindo roupas escuras e óculos de sol.
O caso ganhou nova perspectiva quando um parente e um amigo da família disseram ao xerife local que ele havia “confessado a eles ou insinuado que havia cometido” o assassinato, disse Cox. Robinson, um aluno do terceiro ano do programa de aprendizagem de eletricista no Dixie Technical College, parte do sistema de universidades públicas de Utah, foi detido na casa de seus pais, cerca de 420 km a sudoeste da cena do crime.A polícia coletou evidências adicionais na noite de sexta-feira no apartamento de Robinson em St. George, a cerca de 8 km da casa de seus pais, perto da fronteira com o Arizona.
A fita amarela da cena do crime foi retirada após o FBI e os investigadores forenses estaduais concluírem seu trabalho, mas os policiais permaneceram do lado de fora do apartamento no sábado. Os vizinhos colocaram uma placa de “Propriedade Privada, Entrada Proibida” na entrada do complexo, que foi invadido por repórteres.
