Por Deutsche Welle
A declaração do chanceler federal alemão, Friedrich Merz, vinculando imigrantes a um “problema da paisagem urbana” lhe rendeu acusações de racismo e críticas, inclusive, de dentro de seu próprio partido e dos sociais-democratas, seus parceiros de governo.
Durante um evento oficial no estado de Brandemburgo, no leste da Alemanha na última segunda-feira, Merz respondeu a uma pergunta sobre sua estratégia em resposta à ascensão da Alternativa para a Alemanha (AfD), apontando que os pedidos de refúgio haviam caído 60% em agosto em comparação com o ano anterior.
Agravando a controvérsia, houve o fato de a frase em questão não ter aparecido posteriormente na transcrição do discurso enviada pela assessoria de imprensa do governo. Um porta-voz tentou justificar isso na quarta-feira, argumentando que, quando Merz a proferiu, não estava falando como chanceler, mas como líder do partido.
Até mesmo colegas de partido de Merz, como o prefeito de Berlim, Kai Wegner, se distanciaram das declarações do chefe de governo alemão.
Em declaração ao jornal berlinense Der Tagesspiegel, Wegner observou que a paisagem urbana de Berlim reflete sua natureza diversa, internacional e cosmopolita, enquanto há um problema com criminalidade e violência, que, no entanto, não pode ser vinculado a nacionalidades específicas. Forças de oposição de esquerda foram mais duras em suas críticas, acusando a chanceler de racismo.





