Por AFP
Israel anunciou neste domingo (19) que voltará a aplicar o cessar-fogo na Faixa de Gaza, após uma série de bombardeios letais contra alvos do movimento islamista palestino Hamas, a quem acusou de atacar suas tropas.
Os bombardeios israelenses mataram 45 palestinos, indicou a agência de Defesa Civil do território governado pelo Hamas e devastado após mais de dois anos de guerra.
O Exército de Israel, por sua vez, anunciou a morte de dois soldados em enfrentamentos em Rafah, no extremo sul desta faixa costeira onde a população carece de mantimentos, água, remédios e combustível por meses de bloqueio israelense.
Após acusar o Hamas de violar o acordo de trégua que entrou em vigor em 10 de outubro, Israel suspendeu a entrada de ajuda humanitária ao território “até novo aviso”, segundo um responsável israelense.
O movimento palestino negou essas acusações e disse que Israel estava inventando “pretextos” para “retomar” a guerra, desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul do território israelense.
“De acordo com as diretrizes da cúpula política, e após uma série de ataques significativos em resposta às violações do Hamas, as Forças de Defesa de Israel começaram a aplicar de novo o cessar-fogo”, afirmou o Exército em comunicado.
As forças israelenses “continuarão mantendo o acordo de cessar-fogo”, mas “responderão firmemente a qualquer violação”, advertiu.
Na região de Bureij, alvo de bombardeios no centro da faixa, Abdala Abu Hassanein mostrou-se preocupado. “É como se a guerra tivesse voltado. O sangue volta a ser derramado”, disse o homem de 29 anos.





