UE assina acordo agrícola com a Ucrânia, apesar das persistentes divisões políticas em relação às vastas exportações

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Um acordo concebido para liberalizar ainda mais o comércio entre a UE e Kiev entrou em vigor nesta quarta-feira 30. Adotado em 13 de outubro, o acordo substituirá o vigente desde 2016, ampliando o acesso livre de tarifas para bens e serviços ucranianos.

No entanto, o novo acordo tornou-se um problema político para a Comissão Europeia, uma vez que a Hungria, a Polónia e a Eslováquia não estão a levantar as proibições às importações agrícolas ucranianas.

“Estamos em contato com todas as partes para tentar encontrar soluções”, disse na terça-feira a porta-voz adjunta da Comissão, Ariana Podesta.

“Acreditamos que (o acordo) constitui um quadro estável e justo, que pode ser confiável tanto para a UE quanto para a Ucrânia, para garantir uma integração gradual em nosso mercado único, ao mesmo tempo que proporciona fluxos comerciais estáveis”, acrescentou Podesta.

O novo acordo inclui salvaguardas que limitam as importações de certos produtos sensíveis, como grãos e petróleo. No entanto, a Hungria, a Polônia e a Eslováquia recusaram-se a suspender as suas proibições nacionais às importações de produtos agroalimentares ucranianos.

Essas restrições foram introduzidas inicialmente depois que a UE abriu completamente seu mercado para os produtos agrícolas ucranianos após a invasão da Ucrânia pela Rússia, já que o Mar Negro — um corredor de exportação vital para Kiev — estava efetivamente bloqueado.

Os corredores terrestres resultantes para a UE, concebidos para manter o fluxo das exportações ucranianas, suscitaram a ira dos agricultores dos países vizinhos, que acusaram Bruxelas de permitir uma concorrência desleal.

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