Por Euronews
Os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, da Alemanha e da Jordânia apelaram conjuntamente, nesta sexta-feira, 31 de outubro, por um cessar-fogo imediato no Sudão, após a descoberta de recentes atrocidades e prováveis violações dos direitos humanos na região de Darfur, naquele país da África Oriental.
O comunicado descreveu a situação no Sudão, que está mergulhado em uma brutal guerra civil há mais de dois anos, como “desoladora” e “apocalíptica”, após uma força paramilitar ter tomado a última grande cidade da região oeste do país.
Autoridades das Nações Unidas alertaram que combatentes das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) paramilitares têm atacado a cidade de al-Fasher, supostamente matando mais de 450 pessoas em um hospital e realizando assassinatos de civis com motivação étnica, além de agressões sexuais.
Embora as Forças de Apoio Rápido (RSF) neguem ter matado pessoas no hospital, aquelas que escaparam de al-Fasher, imagens de satélite e vídeos que circulam nas redes sociais mostram o que parece ser um massacre em massa ocorrendo na cidade.
Na cúpula de segurança do Diálogo de Manama, no Bahrein, a ministra das Relações Exteriores do Reino Unido, Yvette Cooper, falou em tom sombrio no sábado sobre os eventos que se desenrolam em al-Fasher, que atraíram ampla atenção da mídia e das plataformas de redes sociais.
“Assim como uma combinação de liderança e cooperação internacional trouxe progresso em Gaza, atualmente está falhando miseravelmente em lidar com a crise humanitária e o conflito devastador no Sudão, porque os relatos vindos de Darfur nos últimos dias descrevem atrocidades verdadeiramente horríveis”, disse Cooper.
