Por: Lucas de Azevedo
No mês passado, o Museu do Louvre, em Paris, sofreu um audacioso roubo de joias da coroa francesa avaliadas em cerca de 102 milhões de dólares. A diretora e presidente do museu, Laurence des Cars, declarou à Comissão de Cultura do Senado francês que houve uma “falha terrível” no sistema de vigilância, que era antigo e insuficiente para cobrir todas as áreas, especialmente a janela da Galeria de Apolo por onde os ladrões entraram.
Ela ressaltou que desde sua nomeação em 2021, alertava sobre o estado de obsolescência e a falta de investimento na segurança do museu, além de mencionar que as câmeras externas do Louvre não cobriam essa área crítica do prédio. (Foto do momento do roubo — Gonzalo Fuentes/Reuters)
Os ladrões, considerados amadores pela polícia, invadiram o museu em plena luz do dia, quebraram uma janela e arrombaram vitrines em menos de sete minutos, fugindo em scooters. Quatro suspeitos foram presos, todos residentes na região de Seine-Saint-Denis, e continuam as investigações para entender se houve facilitação interna. Laurence des Cars apresentou sua renúncia à ministra da Cultura, Rachida Dati, que não aceitou, enquanto medidas emergenciais de reforço da segurança foram anunciadas.
Ela também propôs a instalação de uma delegacia da polícia dentro do museu para aumentar a segurança.
O episódio tornou-se um alerta nacional para o subinvestimento crônico em infraestrutura e equipamentos no Louvre, que operava com softwares desatualizados e senhas extremamente simples, como “Louvre” para o sistema de vigilância interna.
Especialistas concluíram que essas vulnerabilidades poderiam ser exploradas remotamente, o que reforça a necessidade urgente de modernização e atualização dos sistemas de proteção do museu, que é o mais visitado do mundo. As joias roubadas possuem valor histórico e patrimonial inestimável, causando indignação pública e pressionando as autoridades francesas por respostas rápidas e soluções duradouras.





