Por: Lucas de Azevedo
Em um movimento surpreendente, os Estados Unidos retiraram Ahmed al-Sharaa, presidente de transição da Síria, da lista de Terroristas Globais Especialmente Designados poucos dias antes da sua visita oficial a Washington marcada para 10 de novembro de 2025. A decisão foi anunciada na semana passada, 7 de novembro, pelo Departamento do Tesouro americano, seguindo a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU em 6 de novembro que também suspendeu as sanções contra o ministro do Interior sírio, Anas Khattab.
Segundo o Departamento de Estado dos EUA, esta medida reconhece “o progresso demonstrado pela liderança síria após a saída do ex-presidente Bashar al-Assad,” destacando avanços no combate ao narcotráfico, na eliminação de armas químicas e na promoção da segurança regional em uma “nova era” para a Síria.
Ahmed al-Sharaa, que até dezembro de 2024 era procurado pelo serviço secreto norte-americano, agora se prepara para um encontro histórico na Casa Branca com o presidente Donald Trump, evidenciando uma possível mudança na política dos EUA em relação à Síria.
Ahmed al-Sharaa comentou em entrevista recente que sua missão é reconstruir as relações internacionais da Síria e consolidar a paz após anos de conflito, ressaltando o papel da nova liderança em combater grupos extremistas como o Estado Islâmico. Ele também destacou sua disposição em colaborar com a coalizão liderada pelos EUA contra o terrorismo, reforçando que a retirada das sanções marca um passo decisivo para integração do país na comunidade global.
A visita de al-Sharaa aos EUA é considerada a primeira de um chefe de Estado sírio desde o início da guerra civil e simboliza a mudança na dinâmica geopolítica da região.
