Por: Lucas de Azevedo – foto getty images
Em entrevista na última sexta-feira, 7, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy afirmou que o futuro de seu país está na União Europeia, reiterando o empenho da Ucrânia em aderir ao bloco europeu. Zelenskyy disse acreditar que a Ucrânia poderá fazer parte da UE antes de 2030, embora admita que isso possa parecer “ficção científica”.
Ele enfatizou que deseja que o processo de adesão ocorra de forma justa, somente após o término da invasão russa em larga escala, ressaltando que “não se pode ser um semi ou demi-membro da UE” e que a Ucrânia busca adesão plena e direitos completos como Estado-membro da União Europeia.
Zelenskyy também destacou os esforços de seu país para cumprir os requisitos necessários à abertura das negociações de adesão e para fortalecer as medidas anti-corrupção. Ele criticou o veto do primeiro-ministro húngaro Viktor Orban à iniciativa de Kiev, chamando-o de ato de apoio ao presidente russo Vladimir Putin.
O presidente ucraniano ressaltou ainda a importância do apoio da Europa e dos Estados Unidos no enfrentamento à guerra, mencionando a ajuda europeia na importação de gás e fornecimento de equipamentos, e a necessidade de os EUA fornecerem mísseis Tomahawk para aumentar a pressão sobre a Rússia.
Durante a entrevista feita por videochamada no dia 7 de novembro, a partir da região de Donbas, no leste da Ucrânia, Zelenskyy expôs a situação difícil com o aumento dos ataques russos em outubro, os mais intensos desde o início de 2023, e classificou a estratégia russa de “terror energético”.
Ele afirmou acreditar que o objetivo de Putin é criar caos, privando a população de eletricidade e água neste inverno, mas garantiu que esse objetivo não será alcançado, pois os ucranianos lutam não só por suas famílias e casas, mas pelo futuro da Ucrânia na União Europeia.





