Por: Lucas de Azevedo
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou neta terçca-feira, 11, a suspensão do envio de informações de inteligência às agências dos Estados Unidos, em resposta aos ataques realizados pela operação americana contra barcos no Caribe.
Petro ordenou que todas as forças de segurança colombianas suspendessem o compartilhamento de informações enquanto os EUA mantivessem as ações militares na região, destacando que “a luta contra as drogas deve estar subordinada aos direitos humanos do povo caribenho”.
O presidente também citou que a Colômbia seguirá a mesma linha do Reino Unido, que também suspendeu o compartilhamento de dados por causa das operações no Caribe.
Os ataques das forças dos Estados Unidos começaram em setembro de 2025, resultando em mais de 70 mortos em cerca de 20 embarcações atacadas, que, segundo os EUA, pertenciam a organizações narcoterroristas.
A medida americana faz parte de uma ofensiva contra o narcotráfico na região, e os EUA também ampliaram recompensas para informações relativas a líderes como Nicolás Maduro, acusado de liderar o chamado Cartel de los Soles.
O anúncio de suspensão do compartilhamento de inteligência evidenciou a crescente tensão entre os governos de Petro e Trump, com acusações públicas entre os dois presidentes e corte de vistos e apoio diplomático.
O presidente Gustavo Petro declarou:
“Não podemos permitir que a guerra contra as drogas viole os direitos humanos dos nossos povos caribenhos. A decisão visa proteger nossas comunidades e reafirmar a soberania da Colômbia”.
A suspensão do intercâmbio de informações é uma resposta direta à escalada das ações militares norte-americanas e à deterioração das relações bilaterais recentes. A medida gera um marco importante na política regional, mostrando um posicionamento firme da Colômbia frente às intervenções externas.





