Vaticano encerra oficialmente controvérsia e nega aparições de Jesus em colina na França

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Nesta quarta-feira, 12, o Vaticano divulgou uma decisão definitiva sobre as alegadas aparições de Jesus Cristo na pequena cidade de Dozulé, na Normandia, norte da França. De acordo com o Dicastério para a Doutrina da Fé, a manifestação atribuída a Madeleine Aumont entre 1972 e 1978 — na qual Jesus teria aparecido 49 vezes solicitando a construção da chamada “Cruz Gloriosa” de 7,38 metros — foi considerada como não sobrenatural e sem origem divina autêntica. A decisão foi aprovada pelo Papa Leão XIV, encerrando assim décadas de debate e controvérsia sobre o caso.

As mensagens recebidas pela vidente continham apelos à conversão e à penitência, temas centrais da fé cristã, mas apresentavam também interpretações teológicas problemáticas, como a ligação física da cruz de Dozulé à cruz de Jerusalém e previsões errôneas sobre o fim do mundo antes do ano 2000.

O Vaticano ressaltou que nenhuma aparição privada pode substituir os meios de graça estabelecidos por Cristo e alertou contra a criação de práticas religiosas sem respaldo oficial, recomendando que a fé deve estar centrada em Jesus e não em símbolos ou mensagens particulares.

Apesar da decisão oficial, a colina onde ocorreram as supostas aparições virou ponto de peregrinação de fiéis e recebeu o nome popular de “Colina da Cruz Gloriosa”. Com esta declaração, o local passa a ser considerado um espaço de devoção particular, desprovido de caráter sobrenatural.

O Vaticano ressaltou que a cruz, símbolo fundamental da fé cristã, se eleva em cada coração aberto à graça e ao perdão, e não requer uma estrutura física monumental para ser reconhecida como sinal de redenção.

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