Por: Lucas de Azevedo
Na última quarta-feira, 12, a Organização das Nações Unidas (ONU) lançou um alerta grave sobre o risco iminente de uma crise alimentar que pode afetar milhões de pessoas em 16 regiões ao redor do globo. Em comunicado conjunto, os organismos da ONU dedicados à alimentação e agricultura, a FAO e o Programa Mundial de Alimentos (PMA), destacaram que conflitos, choques econômicos, eventos climáticos extremos e a falta crítica de financiamento estão agravando a insegurança alimentar aguda.
Cindy McCain, diretora executiva do PMA, enfatizou que “estamos à beira de uma catástrofe alimentar totalmente evitável que ameaça causar uma fome generalizada em vários países” e alertou que “não agir agora apenas agravará a instabilidade”.
Entre os países mais afetados estão Haiti, Mali, Palestina, Sudão do Sul, Sudão e Iêmen, onde populações enfrentam risco de fome catastrófica. Outras áreas em alerta incluem Afeganistão, República Democrática do Congo, Nigéria, Somália e Síria, além dos refugiados rohingyas em Bangladesh.
O relatório aponta para um déficit perigoso no financiamento da ajuda humanitária, onde dos 29 bilhões de dólares necessários, apenas 10,5 bilhões foram recebidos, colocando a ajuda alimentar “à beira do colapso”. A falta de recursos financeiros compromete seriamente o atendimento a populações vulneráveis nas regiões em crise.
