Câmara dos EUA aprova divulgação dos arquivos do caso Epstein após pressão sobre Trump

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Na última terça-feira, 18, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou por 427 votos a favor e apenas 1 contra um projeto que obriga o Departamento de Justiça a divulgar todos os documentos relacionados à investigação sobre Jeffrey Epstein, bilionário e criminoso sexual condenado, morto em 2019.

A votação ocorreu após uma intensa pressão sobre o ex-presidente Donald Trump para que retirasse sua oposição à divulgação dos arquivos, que podem revelar seu suposto envolvimento com Epstein. Trump alterou sua posição e convocou os republicanos da Câmara a apoiarem o projeto, afirmando que “não temos nada a esconder” nesta questão. O projeto segue agora para aprovação no Senado e, depois, para sanção presidencial.

Entre as revelações preliminares, documentos indicam que Epstein afirmou em e-mails que Trump “sabia das meninas” e que teria passado horas com uma das vítimas em sua casa, o que o ex-presidente nega. Trump alegou desconhecimento sobre os fatos e pediu investigação sobre as relações de Epstein com outras figuras políticas, especialmente democratas.

O caso gerou grande repercussão política e social nos Estados Unidos, com as vítimas clamando por transparência completa sobre o esquema de tráfico sexual liderado por Epstein, que envolvia menores de idade.

A aprovação do projeto foi descrita como uma vitória das vítimas e da sociedade americana pela transparência. Haley Robson, recrutada aos 16 anos para fazer massagens para Epstein, expressou ceticismo sobre a mudança de posição política, afirmando em entrevista antes da votação que estava traumatizada, mas consciente do jogo político envolvido.

A expectativa é que, em até 30 dias após a sanção presidencial, o Departamento de Justiça libere os documentos, que poderão esclarecer as operações de Epstein, sua rede de abusos e as circunstâncias de sua morte na prisão, oficialmente declarada suicídio.

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