Por: Lucas de Azevedo
Na última quinta-feira, 20, a Alta Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, alertou publicamente que o plano de paz para a Ucrânia proposto pela Rússia, em conluio com os Estados Unidos, não é sério. Segundo Kallas, a Rússia está apenas “falando da boca para fora” e que qualquer acordo de paz precisa ser apoiado pela Ucrânia e pela Europa para ser eficaz. Ela disse:
“Se a Rússia quisesse realmente a paz, teria aceitado a oferta de cessar-fogo incondicional já em março”.
Kallas também criticou termos altamente desvantajosos para Kiev, como a rendição total do Donbass e limites na capacidade militar ucraniana, que estariam incluídos no plano russo-americano, elaborado sem a participação da Ucrânia e da Europa.
Ela destacou que a pressão deve ser exercida sobre o agressor, não sobre a Ucrânia, afirmando: “Não vimos uma única concessão do lado russo e foram eles que começaram esta guerra.
Durante o encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE em Bruxelas, Kallas defendeu a necessidade de a Europa ter assento nas negociações e discutiu também uma proposta inédita para usar os ativos congelados do Banco Central russo para fornecer um empréstimo sem juros à Ucrânia, garantindo apoio financeiro e militar para os próximos anos. Ela concluiu:
“Apoiar a Ucrânia é uma pechincha em comparação com o custo da vitória russa”.





