Sobe para 27 o números de advogados que se uniram para defender crianças mutiladas em Portugal

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Um grupo de 27 advogados está dedicando-se à defesa da criança e suporte à família, divididos em áreas civis, penais e psicológicas. Ana Paula Filomeno, advogada responsável pela área civil, afirmou na última quinta-feira, 20, que o caso está sendo tratado com “muita cautela” devido à gravidade traumática da situação. Ela ressaltou que, embora ainda se investigue se o ato teve motivação xenofóbica, “importa sim que houve danos, que o resultado foi muito mau” e enfatizou que esse tipo de violência não é um caso isolado nas escolas portuguesas.

O Agrupamento de Escolas de Souselo, ao qual pertence a escola onde ocorreu o incidente, abriu um inquérito interno para apurar os fatos. A mãe da criança criticou duramente a escola por terem limpado o local antes da chegada das autoridades, lamentando que “a escola está a tratar isto como uma brincadeira que correu mal”. O caso segue em investigação, com apoio jurídico e psicológico para a criança e sua família, e chama atenção para a crescente problemática do bullying e violência entre crianças nas escolas de Portugal.

No dia 10 de novembro, uma criança brasileira de 9 anos sofreu um ataque brutal dentro da Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, distrito de Viseu, que resultou na amputação de dois de seus dedos. Segundo a mãe da vítima, Nivia Estevam, o filho já enfrentava agressões anteriores dos colegas, como puxões de cabelo e pontapés.

“Ele perdeu muito sangue e precisou de se arrastar por baixo da porta com os dedos já amputados”, revelou Nivia em entrevista à revista Crescer da Globo, destacando que a criança agora enfrenta sequelas psicológicas que exigem medicação para dormir.

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