Por: Lucas de Azevedo
Na última quarta-feira, 19, um dos ataques mais intensos desde o cessar-fogo foi realizado pelas forças israelenses na Faixa de Gaza, resultando na morte de 33 pessoas, segundo autoridades de saúde palestinas. O ataque aéreo atingiu diversas áreas sob controle do Hamas e ocorreu após membros do grupo palestino abrirem fogo contra tropas israelenses, numa violação da trégua que já durava quase seis semanas. “Essas táticas desesperadas vão fracassar”, afirmou um funcionário americano, em condição de anonimato, ao destacar a tentativa do Hamas de romper o cessar-fogo e não respeitar o compromisso de desmilitarização.
O exército israelense justificou sua ofensiva destacando a necessidade de responder às agressões e garantir segurança para suas tropas, enquanto o Hamas denunciou o ataque como uma perigosa escalada do conflito. Entre as áreas atingidas, estavam o subúrbio de Zeitoun e Khan Younis, locais onde prédios religiosos e um clube da ONU que recebem famílias deslocadas sofreram ataques.
Um médico que atendeu os feridos em Zeitoun declarou à CNN Brasil: “As vítimas são civis indefesos, e esse ataque só aumenta o sofrimento de quem já vive em condições precárias.”
O cessar-fogo, vigente desde 10 de outubro de 2025, tinha amenizado a guerra de dois anos em Gaza, permitindo o retorno de centenas de milhares de palestinos às suas casas e facilitando o aumento da ajuda humanitária no enclave.
Contudo, com a nova série de ataques, a trégua mostra-se frágil diante da continuação das hostilidades. A imagem que acompanha esta matéria mostra os escombros e os danos provocados pelo ataque israelense em Zeitoun, ilustrando o impacto humanitário desse episódio dramático.
