Por: Lucas de Azevedo
O primeiro-ministro do Montenegro, Milojko Spajić, afirmou em entrevista, na última sexta-feira, 21, em Bruxelas, que o seu país deve concluir o processo de adesão à União Europeia até o final do mandato da atual Comissão Europeia, em 2029. Spajić expressou otimismo, destacando que Montenegro já se comporta como um membro do bloco, apesar de ainda não desfrutar de todos os benefícios.
“Estamos a tentar fechar todos os capítulos até ao final do próximo ano”, disse, ressaltando que a adesão completa do país é uma oportunidade importante para a UE e que Montenegro deseja agregar valor, não retirar, ao bloco.
O primeiro-ministro destacou os avanços significativos realizados em reformas constitucionais, judiciais e econômicas, essenciais para que Bruxelas reconheça Montenegro como pronto para aderir.
Ele mencionou a recente integração do país no Espaço Único de Pagamentos em Euros (SEPA) e o início previsto para 2026 do roaming gratuito de telemóveis entre Montenegro e a UE, como sinais concretos dessa integração no mercado único europeu.
Spajić reforçou que a adesão plena à UE é o objetivo inquestionável de Montenegro e ressaltou a importância desta para o país:
“Não há alternativa à adesão plena à União Europeia” e “somos um país rodeado pela União Europeia”.
A entrevista, realizada após o Fórum sobre o Alargamento da UE organizado pela Comissão Europeia, apresenta Montenegro como um dos países mais avançados na implementação das reformas necessárias à adesão.
Spajić afirmou que o processo depende da conclusão de reformas fundamentais, especialmente no Estado de direito e no tribunal constitucional.
“Quando aderirmos, queremos acrescentar valor, não queremos retirar valor” e “seremos alguém que torna a UE mais rica”, concluiu o primeiro-ministro, reiterando o compromisso firme do seu país com a União Europeia.
