Por: Lucas de Azevedo
No último domingo, 23, em entrevista exibida na emissora pública NHK, Takuji Aida, membro de um importante painel governamental e assessor econômico do primeiro-ministro Sanae Takaichi, afirmou que o Japão detém reservas estrangeiras substanciais que permitem intervenções pró-ativas de compra do iene no mercado cambial.
“O Japão possui reservas estrangeiras significativas, o que nos permite abordar de forma eficaz os efeitos negativos de um iene enfraquecido por meio de intervenções”, declarou Aida, ressaltando a capacidade do país de agir para mitigar os impactos econômicos da desaceleração da moeda.
Aida reforçou ainda que o estímulo econômico deve ser mantido por meio de juros baixos e incentivo ao consumo, mesmo que isso resulte em aumento da emissão de dívida pública. Ele explicou que a desvalorização do iene pode ser benéfica para a economia, pois, apesar do aumento do custo das importações, os efeitos podem ser compensados por um forte gasto das famílias.
Desde que Sanae Takaichi assumiu a liderança do governo, o iene caiu cerca de 6%, gerando preocupações sobre a inflação importada e a estabilidade fiscal do país, o que motiva a postura mais ativa do governo quanto à intervenção cambial.
A entrevista foi ao ar no último domingo, 23 e demonstra a mudança de postura do governo japonês, que agora considera intervenções mais frequentes e vigorosas no mercado de câmbio para conter a volatilidade excessiva e preservar a estabilidade econômica.
Aida, que também é economista-chefe do Credit Agricole para o Japão, enfatizou que a situação econômica do país não é grave e que o governo está preparado para utilizar seu arsenal de reservas para manter o iene estável se necessário, refletindo também as preocupações do governo com a inflação e o equilíbrio financeiro.





