Por: Lucas de Azevedo
Na sétima cimeira entre a União Europeia e a União Africana, realizada na última terça-feira, 25, em Luanda, Angola, os líderes reafirmaram o compromisso com o multilateralismo como meio para a paz global. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, enfatizou que não há alternativa a uma ordem internacional multilateral e baseada em regras, salientando que o oposto seria o caos, que deve ser evitado na Ucrânia, RDC, Gaza, Sudão e outros locais.
Já o presidente de Angola e da União Africana, João Goncalves Lourenço, destacou a necessidade de reformas estruturais para tornar as instituições internacionais mais inclusivas e representativas.
Durante o encontro, a parceria focou em acelerar o crescimento sustentável e as transições digitais e climáticas nas nações africanas, dando destaque ao progresso do programa Global Gateway, que destina €150 bilhões para esses fins. Projetos como o Corredor de Lobito, um corredor ferroviário de 1.300 km entre Angola, RDC e Zâmbia, foram destacados como exemplos de investimento em infraestrutura.
Também foi reafirmado o compromisso conjunto em ampliar o acesso à energia limpa para 100 milhões de africanos até 2030, por meio da Iniciativa Verde África-UE, além de fortalecer a cooperação para prevenir a migração irregular e ampliar vias legais para estudantes e acadêmicos.
A cimeira, que marca uma continuidade na busca por uma parceria baseada em valores comuns, reuniu os líderes no dia 25 de novembro de 2025 em Luanda. Além disso, foi confirmada a realização da oitava cimeira em Bruxelas, reiterando a intenção de aprofundar o diálogo e a cooperação entre os continentes. A foto oficial dos líderes no evento em Angola ilustra o espírito de unidade e colaboração entre a União Europeia e a União Africana nessa jornada para um futuro mais equilibrado e inclusivo.
