Por: Lucas de Azevedo
Na tarde da última quarta-feira, 26, um incêndio de grandes proporções atingiu o complexo residencial Wang Fuk Court, situado no distrito de Tai Po, em Hong Kong. O fogo, que começou por volta das 14h no horário local, se espalhou rapidamente pelos andaimes de bambu que revestiam as torres em reforma, provocando uma densa coluna de fumaça cinzenta visível a longa distância.
Segundo as autoridades locais, pelo menos 55 pessoas perderam a vida e dezenas ficaram feridas, enquanto cerca de 279 moradores continuam desaparecidos, com muitos presos dentro dos prédios em chamas. O alerta elevado para nível 4 de 5 mobilizou mais de 700 bombeiros para combater as chamas e realizar resgates, mas o fogo ainda enfrentava resistência em quatro dos oito blocos residenciais do complexo.
Moradores afetados pela tragédia expressaram seu desespero e medo diante do desastre. Um morador de 71 anos, identificado como Wong, declarou emocionado em entrevista que sua esposa estava presa dentro do prédio, enquanto outro residente, Harry Cheung, de 66 anos, revelou ter ouvido um estrondo alto no momento em que o fogo se iniciou e afirmou não saber onde iria dormir após perder sua casa.
O líder de Hong Kong, John Lee, destacou que as prioridades imediatas eram controlar o incêndio, resgatar os moradores e apoiar os feridos, prometendo ainda uma investigação completa sobre as causas do incêndio, suspeitas de negligência em procedimentos de segurança com andaimes de bambu.
A tragédia reacende questões sobre a segurança dos materiais utilizados em reformas e as condições das habitações, marcando um momento sombrio para a cidade que enfrenta um dos incêndios mais mortais das últimas décadas.
