Por: Lucas de Azevedo
Na última quinta-feira, 27, Eileen Chung, superintendente da polícia de Hong Kong, afirmou que os responsáveis pela construtora Prestige Construction & Engineering Company foram extremamente negligentes, o que contribuiu para o incêndio descontrolado que causou dezenas de mortes no complexo residencial do distrito Tai Po. Ela declarou que os alarmes de incêndio estavam com defeitos e as telas de proteção e materiais usados não atendiam aos padrões de segurança contra incêndio, resultando em um desastre com enorme número de vítimas. Três homens da empresa foram presos sob suspeita de homicídio culposo.
Harry Cheung, morador do condomínio há mais de 40 anos, relatou sua experiência durante o incêndio em entrevista do dia 26 de novembro. Ele ouviu um barulho muito alto por volta das 14h45 e viu as chamas começarem em um prédio vizinho. Segundo ele, não sabe como se sente, mas está preocupado com onde vai dormir, já que provavelmente não poderá voltar à sua casa devido aos danos.
Moradores ficaram presos dentro dos prédios, e o fogo foi dificultoso de ser controlado devido a materiais inflamáveis como andaimes de bambu e espuma de poliestireno bloqueando as janelas.
Em operação policial, foram apreendidos documentos no escritório da construtora investigada, para coletar provas do que contribuiu para o incêndio. O complexo atingido hospedava cerca de 4,6 mil moradores, e o incêndio foi o mais letal da história de Hong Kong, somando mais de 80 mortos e centenas desaparecidos até o momento. A tragédia reacendeu o debate sobre a segurança das construções na região e a fiscalização das obras, especialmente em prédios altos e antigos que passam por reformas.





