Por: Lucas de Azevedo
Milhares de pessoas se reuniram no último dia de novembro, ao redor do Templo de Debod, em Madrid, em uma manifestação convocada pelo Partido Popular (PP) contra o governo de Pedro Sánchez. O protesto, sob o lema “Efetivamente: máfia ou democracia?”, ocorre dias após a prisão preventiva do ex-ministro socialista José Luis
Ábalos e seu ex-assessor Koldo García, investigados por um esquema de corrupção na compra de máscaras durante a pandemia. O presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, declarou em seu discurso: “o sanchezismo é corrupção política, económica, institucional, social e moral”, exigindo que Sánchez “saia do governo”.
O “caso Koldo” investiga comissões ilegais, tráfico de influência e desvios em contratos públicos, estendendo-se a administrações regionais como Ilhas Canárias e Baleares, revelando uma rede estrutural de irregularidades.
Ábalos, primeiro deputado em exercício detido preventivamente, foi expulso do PSOE, mas mantém seu mandato como não inscrito; ambos negam as acusações sob sigilo judicial. Feijóo, afirmou que o episódio com Ábalos “não é um erro isolado”, criticando a deterioração institucional “sem precedentes” sob Sánchez.
A tensão política cresce com investigações envolvendo figuras próximas a Sánchez, como sua esposa Begoña Gómez, por tráfico de influência, e seu irmão David Sánchez, por prevaricação, com julgamento em fevereiro de 2026.
Para o PP, os escândalos formam um “padrão de comportamento”; o governo os vê como ofensiva política em processos não resolvidos. Líderes opositores reforçaram no evento de hoje a demanda por “eleições já”, ampliando a pressão sobre o executivo.





