UE avança com plano de empréstimo a Ucrânia a partir de ativos russos congelados

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Na última sexta-feira, 28 de novembro, a embaixadora da União Europeia na Ucrânia, Katarína Mathernová, afirmou que a União Europeia (UE) deve avançar com o plano para utilizar os ativos russos congelados e transformar esse montante em um empréstimo imediato para ajudar financeiramente a Ucrânia.

Segundo Mathernová, essa iniciativa seria um sinal importante de apoio não apenas para a Ucrânia, mas também para a Rússia e para toda a Europa. Ela destacou a necessidade de garantir uma linha constante de financiamento para cobrir as despesas militares e orçamentais sobre o próximo ano e 2027.

A embaixadora também evidenciou os desafios enfrentados pela economia ucraniana, especialmente após ataques às infraestruturas energéticas que têm causado apagões prolongados, além do cansaço da população que anseia por uma paz justa. Enquanto isso, o governo belga, no papel de depositário dos ativos congelados por meio da Euroclear, tem resistido a liberar os fundos para garantir o empréstimo.

O primeiro-ministro da Bélgica, Bart De Wever, manifestou em uma carta enviada à Comissão Europeia preocupações sobre a legalidade e os riscos financeiros da operação, classificando-a como “fundamentalmente errada”.

Mathernová ressaltou a urgência de avançar com esse empréstimo para evitar riscos elevados não só à Ucrânia, mas a toda a Europa, destacando a importância da manutenção das sanções contra a Rússia e do envio reforçado de equipamentos militares para o país.

Ela frisou que a paz desejada pelo povo ucraniano deve ser justa, reforçando o compromisso da UE em apoiar Kiev durante a crise. A decisão final sobre o empréstimo deverá ocorrer na cúpula dos líderes da UE em dezembro de 2025, enquanto a Ucrânia já sinaliza a necessidade de financiamento emergencial para o primeiro trimestre do próximo ano.

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