Por: Lucas de Azevedo
No último domingo, 30 de novembro de 2025, as inundações causadas por chuvas torrenciais, enchentes repentinas e deslizamentos de terra devastaram vastos territórios no Sudeste Asiático, resultando em pelo menos 938 mortos e centenas de desaparecidos.
A Indonésia, sendo o país mais afetado, registrou 442 mortes e ainda tem 402 pessoas desaparecidas, segundo o chefe da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Suharyanto, que destacou a dificuldade no acesso a cidades isoladas como Tapanuli Central e Sibolga, onde a ajuda externa ainda não chegou. Em Sungai Nyalo, na província de Sumatra Ocidental, moradores relataram que as águas baixaram, porém deixaram destruição, com casas e plantações cobertas por lama espessa, mostrando a gravidade da situação enfrentada pela população local .
Na Tailândia, onde ocorreram algumas das piores inundações da última década, o governo se empenha em atender as vítimas, oferecendo até dois milhões de bahts (aproximadamente 53 mil euros) como indenização às famílias das vítimas fatais. Entretanto, críticos da resposta governamental levaram à suspensão temporária de dois responsáveis locais.
Thanita Khiawhom, uma moradora afetada, relatou em entrevista realizada recentemente como ela e sua avó ficaram “presas na água por sete dias, sem nenhuma ajuda oficial aparecendo”, ilustrando o drama de milhares de desabrigados que ainda esperam socorro nas regiões inundadas. As operações de busca continuam enquanto as autoridades tentam liberar estradas e fornecer ajuda emergencial.
No Sri Lanka, onde o estado de emergência foi declarado pelo presidente Anura Kumara Dissanayake, o ciclone Ditwah agravou uma crise humanitária já crítica. Foram registradas 334 mortes e cerca de 400 desaparecidos, com aproximadamente um terço da população ainda sem acesso à eletricidade e água encanada.
O Exército foi mobilizado para auxiliar as operações de resgate e o país busca apoio internacional para os cerca de 833 mil deslocados internos, muitos dos quais vivem em abrigos temporários. A tragédia configura o pior desastre natural no país desde 2017, com consequências devastadoras para famílias e comunidades inteiras.





