Por: Lucas de Azevedo
Na última segunda-feira, 1, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, encontrou-se com o presidente francês Emmanuel Macron em Paris para discutir garantias de segurança e sanções contra a Rússia, em meio a avanços russos no leste da Ucrânia e negociações de paz promovidas pelos EUA.
Zelensky destacou que “a dimensão territorial do plano apoiado pelos EUA continua sendo a mais difícil” e enfrentava pressões internas após uma investigação de corrupção que levou à renúncia de seu chefe de gabinete. Macron enfatizou que nenhuma decisão avançará sem a participação europeia, e que “a pressão sobre Moscou está aumentando, com um 20º pacote de sanções já sendo preparado”.
Durante o encontro, Macron afirmou que o combate à corrupção na Ucrânia estava em andamento, ressaltando a diferença com a “ausência de responsabilização na Rússia”.
Ele também mencionou que os europeus desenvolveram uma abordagem preliminar para garantias de segurança, a ser discutida nos próximos dias com parceiros da “Coalizão dos Dispostos”.
Além disso, o presidente francês reforçou que o processo só avançaria com os europeus “à mesa” e destacou conversas com líderes do Reino Unido, Alemanha, Polônia, Itália, entre outros, bem como com representantes da União Europeia e da OTAN.
A visita de Zelensky a Paris ocorreu logo após discussões “frutíferas” entre delegações ucranianas e americanas na Flórida, na véspera da ida do enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, a Moscou para encontro com Vladimir Putin. Macron já havia pedido garantias sólidas para a Ucrânia, defendendo o envio de uma “força de reafirmação” em terra, mar e ar para assegurar a segurança do país.
