Por: Lucas de Azevedo – imagens internet
São Paulo bateu um recorde alarmante em feminicídios em 2025, com 53 casos registrados entre janeiro e outubro na capital, superando o recorde do ano anterior com 51 ocorrências, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública. No estado, foram 207 casos no mesmo período, um aumento de 8% em relação a 2024.
A coordenadora do Laboratório de Estudos de Feminicídios (Lesfem), Silvana Mariano, entrevistada na última segunda-feira, 1, afirmou que esse crescimento reflete tanto o aumento da violência contra a mulher quanto uma maior qualificação das autoridades para classificar os crimes com a perspectiva de gênero.
Ela destacou que a questão é complexa e transversal, exigindo políticas integradas que envolvam educação, saúde e assistência social para prevenir a violência que pode evoluir para feminicídio.
Casos recentes, como o de Tainara Souza Santos, de 31 anos, que foi atropelada e arrastada por mais de um quilômetro pelo ex-companheiro, resultando na amputação das pernas, e o de Evelin de Souza Saraiva, baleada em um atentado por seu ex, ilustram a gravidade da situação atual.
Ambos os casos ocorreram na Zona Norte da capital, e trazem à tona a urgência do enfrentamento dessa violência. O governo de São Paulo vem ampliando a rede de apoio às vítimas, com delegacias da mulher funcionando 24 horas e equipes especializadas para atendimento e investigação, mas os desafios permanecem altos diante do crescimento dos números.
A reportagem inclui uma foto impactante ilustrando a luta contra o feminicídio em São Paulo, destacando a urgência da mobilização social e das políticas públicas para combater essa violência.
O tema, além de ser uma questão de segurança pública, atravessa setores sociais e culturais que demandam respostas coordenadas para garantir a proteção das mulheres e a redução desse tipo de crime letal no estado.





