Hungria vai processar UE por “Ditadura de Bruxelas” no fim do Energia Russa

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O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Péter Szijjártó, (foto), anunciou em Bruxelas, durante a reunião de ministros das Relações Exteriores da OTAN na última quarta-feira, 3, que o país desafiará na Corte de Justiça Europeia os planos da Comissão Europeia para encerrar as importações de gás russo até o final de 2027.

“A aceitação e implementação desta ditadura de Bruxelas é impossível para a Hungria”, declarou Szijjártó aos jornalistas, adicionando que “esta ditadura de Bruxelas compromete a segurança energética da Hungria, porque sem energia russa é fisicamente impossível fornecer óleo e gás natural de forma segura ao país”. A declaração ocorre após um acordo político da UE sobre o plano RepowerEU, que será vinculante e aprovado por maioria qualificada, sem veto húngaro.

Szijjártó criticou o mecanismo legal como “equivalente a fraude”, pois substitui a unanimidade por maioria qualificada, e afirmou: “Assim que esta ditadura for votada em sua forma final em Bruxelas, desafiaremos imediatamente na Corte de Justiça Europeia”, revelando que o governo já iniciou os trabalhos jurídicos necessários.

A Hungria, dependente de oleodutos como Druzhba e South Stream para a maioria de seus combustíveis fósseis russos, obteve isenção de sanções dos EUA no último mês e recebeu exceção da UE em 2022 junto com a Eslováquia. O ministro mencionou que a Eslováquia também considera ação legal contra o plano.

Desde a invasão da Ucrânia em 2022, a UE busca eliminar gradualmente os combustíveis russos, com o RepowerEU impondo prazos como banimento de novos contratos até 2025 e término de contratos de longo prazo em 2027. Szijjártó alertou que o plano ameaça a segurança energética húngara e pode causar aumentos drásticos nos preços. [image da reunião de ministros da OTAN em Bruxelas com Péter Szijjártó.

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