Ex-alta representante da UE Federica Mogherini renuncia em meio a acusações de fraude

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Federica Mogherini, ex-Alta Representante da União Europeia (UE) para Assuntos Exteriores, renunciou ao cargo de reitora do College of Europe na última quinta-feira, 4, após ser interrogada no âmbito de uma investigação por fraude em licitações conduzida pelo Escritório Europeu do Procurador Público (EPPO). Em carta enviada a estudantes e ex-alunos, ela afirmou:

“Em linha com o máximo rigor e justiça com que sempre desempenhei minhas funções, decidi renunciar hoje como Reitora do College of Europe e Diretora da Academia Diplomática da União Europeia”.

A renúncia ocorre dias após buscas, nessa semana, nas sedes do Serviço Europeu para a Ação Externa (EEAS), no College of Europe em Bruges e em residências privadas, envolvendo um contrato de cerca de €650 mil para um curso de formação de diplomatas.

Stefano Sannino, ex-secretário-geral do EEAS e atual diretor da Diretoria-Geral para o Oriente Médio, Norte da África e Golfo na Comissão Europeia, também foi detido e liberado em 3 de dezembro de 2025, optando por aposentadoria antecipada no fim do ano.

Um porta-voz do EPPO declarou em comunicado oficial na mesma “As acusações envolvem fraude em aquisições públicas e corrupção, conflito de interesses e violação de sigilo profissional; os suspeitos foram soltos por não representarem risco de fuga”. Sannino, que planejava se aposentar antes do escândalo, negou irregularidades, conforme fontes próximas.

O College of Europe, prestigiada instituição especializada em assuntos europeus onde Mogherini atuava desde 2020, emitiu nota na última quarta-feira, 3, afirmando plena cooperação com as autoridades belgas.

Um terceiro suspeito, gerente sênior da escola e nacional italiano, também foi interrogado e liberado. A investigação foca em suposta troca de informações privilegiadas durante a licitação de 2021-2022 para a Academia Diplomática Europeia.

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