Por: Lucas de Azevedo
Espanha e Países Baixos anunciaram na última quinta-feira, 4, sua saída do Festival Eurovisão de 2026, após a União Europeia de Radiodifusão (EBU) decidir permitir a participação de Israel, apesar de controvérsias relacionadas à guerra em Gaza. A emissora holandesa AVROTROS declarou que “a participação de Israel não é mais compatível com a responsabilidade que carregamos como radiodifusora pública”, conforme o diretor-geral Taco Zimmerman.
A emissora estatal espanhola RTVE expressou “sérias dúvidas sobre a participação da emissora israelense KAN no Eurovisão 2026”, nas palavras do secretário-geral Alfonso Morales durante a assembleia geral da EBU.
O evento, cuja 70ª edição ocorrerá em Viena em maio de 2026, enfrenta divisões políticas crescentes, com Irlanda e Eslovênia também saindo em protesto. Especialista em Eurovisão Paul Jordan, conhecido como Dr. Eurovision, comentou na última quinta-feira:
“Eurovision está se tornando um evento fraturado. O slogan é ‘United by Music, que infelizmente, está desunido pela política. Tornou-se uma situação bagunçada e tóxica”. A EBU adotou regras de votação mais rígidas para aumentar a transparência, mas permitiu a permanência de todos os países, incluindo Israel.
