Por: Lucas de Azevedo
A Polônia anunciou a compra de três submarinos da classe A26 Blekinge, fabricados pela sueca Saab, em um acordo avaliado em cerca de 10 bilhões de zlotys (equivalente a €2,3 bilhões), como parte do programa de modernização naval Orka.
O vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, Władysław Kosiniak-Kamysz, destacou que “a Suécia apresentou a melhor oferta segundo a equipe e isso foi confirmado pelo Conselho de Ministros em uma análise objetiva de todos os critérios, tanto de prazo de entrega, preço, valor, capacidade de operar especialmente no Mar Báltico”.
Sete empresas de seis países competiram na licitação, incluindo ThyssenKrupp (Alemanha), Fincantieri (Itália) e Naval Group (França), com o primeiro submarino previsto para 2030.
Na última quinta-feira, 4, o tenente-general aposentado Jarosław Gromadziński elogiou a decisão, afirmando que “o contrato com a Suécia é muito bom porque o submarino A26 tem design modular que pode ser configurado de acordo com as necessidades do encomendante” e que “este navio tem a vantagem de ser projetado com as especificidades do Mar Báltico em mente”.
Ele enfatizou a necessidade de visão estratégica para a Marinha polonesa, que opera uma frota obsoleta, incluindo o único submarino operacional ORP Orzeł, construído na União Soviética em 1985 e mais tempo em reparos do que no mar.
Gromadziński alertou sobre os riscos no Báltico, vital para a segurança econômica e energética da Polônia, com plataformas de petróleo, terminais de GNL e cabos submarinos, propondo “construir duas ou até três linhas de proteção”, começando por reconhecimento com submarinos e navios, em cooperação com Suécia, Finlândia, Dinamarca e Alemanha, para obter “vantagem tecnológica, informacional e estratégica”.
A Suécia comprometeu transferência de tecnologia e investimentos na indústria naval polonesa, enquanto a adesão de Finlândia e Suécia à OTAN altera o equilíbrio contra a Frota Báltica russa.





