Chefe de medicamentos da Bélgica cobra pressão da UE sobre apps criptografados

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A comissária nacional de medicamentos da Bélgica, Ine Van Wymersch, disse na última sexta-feira, 5, defendendo que a União Europeia (UE) use seu poder regulatório para obrigar empresas de comunicação criptografada a colaborar com as forças de segurança.

“Onde precisamos de mais pressão das instituições europeias é para colocar essas grandes empresas que trazem suas ferramentas de comunicação criptografada para o nosso mercado sob pressão: forçá-las a colaborar com as forças de aplicação da lei”, declarou Van Wymersch.

Ela destacou que essas plataformas facilitam tanto comunicações legais quanto ilegais, com organizações criminosas explorando a relutância das empresas em cooperar.

Van Wymersch citou apps comerciais como Telegram e Signal como alvos prioritários, apesar de não serem classificados como “Plataformas Online Muito Grandes” sob o Ato de Serviços Digitais (DSA) da UE, o que as isenta de regras mais rígidas sobre conteúdo ilegal.

A comissária rebateu críticas de magnatas da tecnologia e do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre supostas violações à liberdade de expressão: “Se aceitarmos que há um espaço digital onde esses criminosos podem falar livremente, estamos realmente perdendo nossa liberdade no final”.

Ela enfatizou sucessos passados, como a descodificação de bilhões de mensagens em plataformas como Sky ECC e EncroChat, que resultaram em mais de 100 condenações.

Em sua função há dois anos, Van Wymersch alertou para os riscos pessoais enfrentados por autoridades belgas, com juízes e ex-ministros sob proteção devido a ameaças de máfias de drogas. “Não podemos ser ingênuos. O inimigo que enfrentamos não tem valores ou padrões éticos. Então, temos que estar cientes de um risco de segurança e segurança, é claro”, afirmou.

Apesar do aumento de violência em Bruxelas e Antuérpia, ela vê sinais de impacto nas operações contra ativos criminosos, o coração das redes de tráfico.

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