Merz garante aprovação da reforma previdenciária na Alemanha e evita crise política

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Na última sexta-feira, 5, o Parlamento alemão aprovou a reforma da Previdência proposta pela coalizão governamental liderada pelo chanceler Friedrich Merz (a direita na foto). A votação, considerada um teste de confiança para sua gestão, manteve o nível de aposentadoria em 48% do salário médio até 2031, garantindo aumentos anuais que não fiquem abaixo do crescimento salarial.

Merz ressaltou que a reforma é um compromisso intergeracional, essencial para a sustentabilidade e justiça do sistema de seguridade social alemão, e expressou confiança com a aprovação, afirmando que “o primeiro passo na direção certa foi dado hoje”.

A reforma enfrentou resistência interna, principalmente dos jovens da União Democrata Cristã (CDU), que temiam os custos futuros da medida. Contudo, Merz, ao lado do Partido Social-Democrata (SPD), parceiro na coalizão, dialogou diretamente com os setores insatisfeitos em reuniões privadas, conseguindo maioria no Bundestag, onde apenas sete conservadores votaram contra. Ele defendeu o equilíbrio financeiro das contas públicas sem recorrer a aumentos de impostos para empresas de médio porte, afirmando que não haverá elevação da carga tributária nesses segmentos sob seu governo, mesmo diante da oposição de alguns setores do SPD.

A aprovação da reforma previdenciária evita uma crise política iminente e representa um momento decisivo para o governo Merz, pressionado por eleições regionais e pelo ambiente político volátil na Alemanha. A nova legislação tem previsão de ser analisada pela Câmara dos Deputados em 19 de dezembro e poderá entrar em vigor já em 1º de janeiro de 2026.

O chanceler alertou que o debate sobre o futuro do Estado de bem-estar social continuará sendo desafiador, destacando a necessidade de uma ampla aceitação social para avanços duradouros.

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