Por: Lucas de Azevedo
Marines franceses abriram fogo contra cinco drones não identificados que sobrevoaram a base naval de Île Longue, no oeste da França, na noite da última sexta-feira (5). A instalação abriga os quatro submarinos nucleares balísticos do país — Le Triomphant, Le Téméraire, Le Vigilant e Le Terrible — e é ponto central do dissuasor nuclear francês, protegida por mais de 120 gendarmes marítimos e forças de segurança naval.
Autoridades confirmaram que protocolos antidrones foram ativados imediatamente após a detecção dos aparelhos não autorizados, com buscas subsequentes em andamento, mas sem confirmação de neutralização.
A ministra da Defesa, Catherine Vautrin, elogiou a resposta rápida das tropas em declaração nesta sexta-feira, 6 de dezembro de 2025: “Qualquer sobrevoo de um local militar é proibido em nosso país. Quero parabenizar a interceptação realizada pelo nosso pessoal militar na base de Île Longue”.
O procurador público de Rennes, Frédéric Teillet, informou no mesmo dia à Agence France-Presse que “nenhuma ligação com interferência estrangeira foi estabelecida” e esclareceu que os fuzileiros navais usaram um jammer, e não arma de fogo, sem abater drones ou identificar pilotos.
O incidente eleva preocupações em meio a um aumento de avistamentos de drones misteriosos na União Europeia, incluindo fechamentos de aeroportos e violações perto de instalações militares, com precedentes na península de Crozon em novembro.
Investigação formal foi aberta pelos promotores militares de Rennes na última sexta-feira, enquanto o Ministério da Defesa francês mantém sigilo sobre origens e detalhes operacionais por razões de segurança. Autoridades marítimas regionais afirmaram que a infraestrutura crítica permaneceu segura.


