Por: Lucas de Azevedo
Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, tem elevado as tensões com Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, ao classificar o Cartel dos Sóis como organização terrorista e sinalizar ações militares na região, incluindo o fechamento unilateral do espaço aéreo venezuelano. Trump afirmou:
“Se pudermos salvar vidas, se pudermos fazer as coisas do jeito mais fácil, ótimo. E se tivermos que fazer do jeito mais difícil, tudo bem também”. Essa declaração reflete uma postura que combina diálogo com ameaça explícita, em meio a movimentações navais no Caribe.
No início de dezembro, o secretário de Estado Marco Rubio, em entrevista à Fox News, reforçou a linha dura ao declarar que “Trump não será enganado por Maduro”, criticando supostas concessões feitas pelo governo anterior de Joe Biden.
Rubio participou de uma conversa telefônica entre Trump e Maduro no final de novembro, revelada pelo New York Times, na qual discutiram a possibilidade de um encontro nos EUA. Maduro, por sua vez, descreveu a ligação de cerca de 10 dias antes, em 3 de dezembro, como “respeitosa e cordial”, abrindo espaço para negociações apesar das acusações de narcotráfico.
A estratégia de Trump evoca uma retomada da Doutrina Monroe, com foco em negar influência de potências externas na América Latina e combater o tráfico de drogas, atingindo também líderes como Gustavo Petro da Colômbia.
.Documentos da Casa Branca indicam que os EUA priorizarão operações contra produtores e vendedores de drogas na região. Essa escalada ocorre em um contexto de diálogos iniciais, mas com Trump deixando claro que os dias de Maduro no poder estão contados.





