Por: Lucas de Azevedo
Torcedores de futebol estão acusando a FIFA de “traição monumental” após a divulgação de preços exorbitantes para ingressos da Copa do Mundo de 2026, na última quinta-feira (11). A Federação Alemã de Futebol revelou valores entre US$ 180 (R$ 1.000) e US$ 700 (R$ 3.900) para jogos de fase de grupos, como a abertura da Alemanha contra Curaçao em Houston, enquanto o ingresso mais barato para a final custa US$ 4.185 (R$ 23.300) e o mais caro chega a US$ 8.680 (R$ 48.200), contrastando com as promessas iniciais de US$ 60 (R$ 335) para partidas iniciais e metas de US$ 21 (R$ 117) nos EUA.
A Football Supporters Europe (FSE), em comunicado oficial no mesmo dia, classificou os preços como “extorsivos”, declarando: “Isso é uma traição monumental à tradição da Copa do Mundo, ignorando a contribuição dos torcedores ao espetáculo que ela é”.
A FSE exige que a FIFA pare imediatamente as vendas de ingressos via associações nacionais “até que uma solução que respeite a tradição, universalidade e significância cultural da Copa seja encontrada”, em declaração de 11 de dezembro de 2025. Ronan Evain, diretor executivo da FSE, reforçou em entrevista à Reuters no dia 12 de dezembro:
“Estamos chocados com os preços definidos pela FIFA. Um pequeno grupo parece tentar maximizar lucros, arriscando a essência do evento”. Essa terceira fase de vendas, via sorteio aleatório no site da FIFA até 13 de janeiro, permite pedidos para jogos específicos pós-sorteio, mas sem garantia, com categorias de assentos variando do premium (Cat. 1) aos superiores (Cat. 4).
