Por: Lucas de Azevedo
Susie Wiles, (foto), chefe de gabinete da Casa Branca, concedeu entrevista à revista Vanity Fair, publicada na última terça-feira (16), onde descreveu o presidente Donald Trump como portador de uma “personalidade de alcoólatra”, mesmo sem consumir bebidas alcoólicas, comparando-o a “alcoólatras de alto desempenho” que exageram traços ao beber.
Criada com um pai alcoólatra, o comentarista esportivo Pat Summerall, Wiles se disse “especialista em personalidades fortes” e destacou a convicção de Trump de que “não há nada que ele não possa fazer. Nada, nada, nada”, explicando seu estilo centralizador e disposição para avançar em temas sensíveis apesar de resistências internas.
A avaliação, dada em conversas extensas com a reportagem, ilustra como a experiência pessoal de Wiles molda sua visão sobre o líder republicano, que governa com otimismo ilimitado e determinação absoluta.
Wiles também abordou aliados de Trump, admitindo que ele “estava errado” ao alegar visitas de Bill Clinton à ilha de Jeffrey Epstein sem provas concretas, e criticou a procuradora-geral Pam Bondi por “falhar completamente” nos arquivos do caso, distribuindo pastas vazias a influenciadores conservadores e criando expectativas infundadas, já que “não existe lista de clientes”.
Sobre o vice-presidente JD Vance, chamou-o de teórico da conspiração “há uma década”, com guinada pró-Trump “em parte política”; e de Elon Musk, ex-aliado, disse ser usuário de ketamina e “um cara excêntrico, como costumam ser os gênios”.
As declarações, feitas na mesma série na última terça-feira expõem tensões internas no círculo próximo do presidente, revelando frustrações com falta de evidências e gestão de expectativas em escândalos como o de Epstein.
