Venezuela repudia “bloqueio grotesco” de Trump ao petróleo nacional

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O governo de Nicolás Maduro condenou veementemente o bloqueio aéreo e naval anunciado por Donald Trump na última terça-feira (16), via rede social, proibindo a entrada e saída de navios petroleiros sancionados da Venezuela até que Maduro deixe o poder e supostos ativos “roubados” sejam devolvidos aos EUA.

No comunicado oficial divulgado na madrugada da última quarta-feira (17), o regime venezuelano classificou a medida como uma “ameaça grotesca” e “temerária”, acusando Trump de violar o Direito Internacional, o livre comércio e a navegação no Mar do Caribe, com o objetivo explícito de “roubar as riquezas que pertencem à nossa nação”, como petróleo, terras e minerais.

“A Venezuela unida rejeita a ameaça grotesca do Sr. Trump e a denunciará”, afirma a nota integral traduzida, reafirmando a soberania sobre recursos naturais e anunciando que o embaixador na ONU denunciará a “grave violação”; “A Venezuela jamais será colônia de qualquer império ou potência estrangeira e continuará trilhando, junto com seu povo, o caminho da construção da prosperidade e da defesa irrestrita de nossa independência e soberania”, conclui o texto, conclamando povos do mundo a rejeitar a “ameaça extravagante”.

Trump justificou o bloqueio alegando que o regime chavista usa o setor petrolífero para financiar “terrorismo de drogas” e “tráfico humano”, declarando:

“A América não permitirá que Criminosos Terroristas ou outros Países, roubem, ameacem ou prejudiquem a nossa Nação e, da mesma forma, não permitirá que um Regime Hostil tome o nosso Petróleo, Terra ou quaisquer outros Ativos, todos os quais devem ser devolvidos aos Estados Unidos, IMEDIATAMENTE” – sem apresentar provas concretas de roubos.

A medida se soma ao fechamento prévio do espaço aéreo em novembro de 2025 e à operação Lança do Sul dos EUA no Caribe contra tráfico de drogas, com 26 barcos já atacados, intensificando tensões regionais em meio a acusações de que Maduro lidera o cartel Los Soles, classificado como terrorista pelos EUA. O governo Maduro respondeu em nota na última quarta-feira:

“O povo venezuelano, em perfeita unidade popular, militar e policial, permanece firme na proteção irrestrita de seu território, suas riquezas e sua liberdade. Com nosso Libertador [Simón Bolívar], dizemos: ‘Afortunadamente, já foi visto um punhado de homens livres derrotar impérios poderosos’.

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