Por: Lucas de Azevedo
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou na última quinta-feira (18), em declaração recente, que a oposição dos Estados Unidos à entrada da Ucrânia na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pode não ser definitiva, dependendo do cenário político em Washington:
“A política dos EUA é consistente em relação à adesão da Ucrânia à Otan. Eles não nos veem lá… Talvez essa posição mude no futuro. Isso é uma questão política. O mundo muda, alguns vivem, outros morrem. É a vida”.
A fala ocorre em meio à pressão do presidente Donald Trump para que Zelensky renuncie formalmente à ambição de ingressar no bloco militar como condição para encerrar a guerra com a Rússia, em negociações vistas como entrave principal por Kiev, que considera a Otan pilar central de sua segurança; recentemente, ainda esse mês, Zelensky já admitira abrir mão da entrada em troca de garantias de aliados ocidentais.
Enquanto resiste aos termos da Casa Branca e busca apoio europeu para uma contraproposta de paz com cláusulas inaceitáveis para Moscou, Zelensky enfrenta críticas do Kremlin; o presidente russo Vladimir Putin declarou na última quarta-feira (17):
“Os porquinhos europeus imediatamente se uniram aos esforços da administração anterior dos EUA buscando lucrar com o colapso do nosso país, recuperar o que havia sido perdido em períodos históricos anteriores e se vingar. Os objetivos da operação militar especial serão alcançados”.
Países europeus da Otan debatem envio de tropas apesar da oposição russa, que acusa sabotagem nas tratativas, enquanto Zelensky formula alternativas com líderes ocidentais em meio a um cenário de ceticismo crescente sobre a adesão.





