Por: Lucas de Azevedo
O Senado dos EUA aprovou na última quarta-feira, (17), a revogação permanente das sanções da Lei César contra a Síria, impostas em 2019 para punir abusos de direitos humanos sob Bashar al-Assad, com expectativa de assinatura pelo presidente Donald Trump na última quinta-feira, (18).
Karolina Lindholm Billing, representante do ACNUR no Líbano, declarou que “o levantamento das sanções dos EUA pode fazer uma grande diferença”, pois estima-se que 400.000 refugiados sírios já regressaram do Líbano desde a queda de al-Assad em dezembro de 2024, com mais de um milhão de deslocados internos e refugiados voltando às casas no total, apesar de cerca de um milhão ainda permanecerem no país.
Billing enfatizou na mesma entrevista que “o que é necessário agora é muito dinheiro em termos de reconstrução e de investimentos do setor privado na Síria, que irão criar empregos”, destacando que a ajuda internacional tem sido “relativamente pequena em comparação com as imensas necessidades”, com o Banco Mundial estimando custos de reconstrução em 216 bilhões de dólares, enquanto novos refugiados, como 112.000 sírios fugindo de violência sectária contra alauítas e xiitas, enfrentam falta de documentação e assistência no Líbano.
Apesar de pagamentos de 600 dólares por família para retornados, muitos voltam a casas destruídas sem empregos, e Billing alertou que “muitos têm muito medo de regressar à Síria porque aquilo de que fugiram foram acontecimentos muito violentos”

