Por: Catanduva Júnior
A imprensa argentina destacou o cumprimento frio e formal entre os presidentes Javier Milei (Argentina) e Luiz Inácio Lula da Silva (Brasil), durante a chegada à Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, na última sexta-feira (18). O jornal Clarín descreveu o momento como um “cumprimento frio e formal”, contrastando com a efusividade de Lula ao receber outros líderes, como os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Espanha, Pedro Sánchez, com abraços e sorrisos.
Já o La Nación classificou o encontro como “gélido”, sem troca de palavras significativas, prevendo que “o relacionamento entre ambos não avance muito para além das duas jornadas de deliberações”, refletindo as profundas diferenças ideológicas e a ausência de reuniões bilaterais desde o início do mandato de Milei, em dezembro de 2023.
O portal Infobae registrou que o aperto de mãos durou apenas 15 segundos, enfatizando que “no exercício do poder e na diplomacia, a linguagem corporal é um sinal óbvio de proximidade ou confronto”, e concluiu que “no fim, aconteceu o que era esperado: frieza e tensão entre os dois presidentes que não têm nada que os una”.
Milei, que durante a campanha chamou Lula de “corrupto” e “comunista”, manteve postura protocolar idêntica à do brasileiro, enquanto Lula havia exigido desculpas públicas pelo xingamento, o que o argentino rebateu afirmando:
“Qual é o problema que o chamei de corrupto? Por acaso ele não foi preso por isso? E o que eu disse: ‘comunista’? Por acaso não é comunista?”. O episódio, capturado em vídeo e fotos oficiais sem sorrisos, reforça a tensão histórica entre os dois, sem perspectivas de reconciliação imediata.


