Por: Catanduva Júnior
Autoridades russas e americanas, incluindo Kirill Dmitriev, chefe do fundo soberano russo, e os enviados de Donald Trump, Steve Witkoff e Jared Kushner, se encontraram no último sábado, (20), em Miami, nos EUA, visando avançar nas negociações para encerrar a guerra na Ucrânia, após conversas em Berlim na sexta-feira com oficiais da União Europeia (UE) e ucranianos garantias de segurança para Kiev e concessões territoriais.
O Kremlin disse, através do seu porta-voz Dmitry Peskov na última quinta-feira (18) que Moscou se prepara para ser atualizada sobre os resultados de Berlim, sem fornecer detalhes específicos. Rustem Umerov, principal negociador ucraniano, afirmou na sexta-feira (19), após reuniões nos EUA com parceiros americanos e europeus, que “acordamos continuar trabalhando juntos em um futuro próximo”, enfatizando a colaboração contínua.
Vladimir Putin, em coletiva de imprensa de quase quatro horas e meia no mesmo dia, sinalizou firmeza nas demandas russas apesar de ganhos limitados no campo de batalha, declarando estar “confiante de que a Rússia pode alcançar seus objetivos pela força se Kiev recusar os termos de Moscou nas negociações de paz”, e elogiou os esforços diplomáticos de Trump, afirmando que Moscou está pronta para um acordo que aborde as “causas raiz” do conflito, com “certos compromissos e decisões difíceis” acordados no cume do Alasca em agosto. Putin também condicionou a ausência de novas guerras ao respeito ocidental, dizendo:
“Não haverá operações se nos tratarem com respeito, se respeitarem nossos interesses assim como sempre tentamos respeitar os de vocês”, refutando alertas de líderes como Mark Rutte da OTAN sobre preparativos para guerra com a Rússia como “absurdo”.


