Por: Catanduva Júnior
A China manifestou forte oposição às ações dos Estados Unidos contra a Venezuela na segunda-feira (22), após a interceptação do terceiro navio petroleiro venezuelano, o Bella 1, no domingo (21/12). O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, declarou em entrevista coletiva que “a prática dos EUA de apreender arbitrariamente navios de outras nações viola gravemente o direito internacional” e enfatizou que “a China tem se oposto consistentemente a sanções ilegais e unilaterais que carecem de fundamento no direito internacional”.
Essa posição reforça declarações anteriores, como a do ministro Wang Yi em ligação com o chanceler venezuelano Yvan Gil na última quarta-feira (17), quando afirmou que “a China se opõe a toda forma de assédio unilateral e apoia os países na proteção de sua própria soberania e dignidade nacional”, destacando a crença de que “a comunidade internacional entende e apoia a posição da Venezuela na defesa de seus direitos e interesses legítimos”.
Do lado venezuelano, o presidente Nicolás Maduro reagiu no último domingo (21) às apreensões dos petroleiros Skipper (10/12), Centuries, no último sábado (20) e Bella 1, classificando as ações americanas como “roubo” e “pirataria internacional”, além de atos de “corsários que assaltam petroleiros”.
Os EUA justificam as interceptações alegando que Maduro lidera o suposto “Cartel de Los Soles”, uma organização criminosa, visando petroleiros sancionados, o que escalou tensões em menos de duas semanas.
A China, maior compradora de petróleo venezuelano, reitera seu apoio contra interferências externas, opondo-se a qualquer violação da Carta da ONU, em meio a apelos globais por moderação de líderes como António Guterres, Claudia Sheinbaum e Luiz Inácio Lula da Silva.





