Por: Lucas de Azevedo
A Airbus determinou na última sexta-feira, 28 de novembro de 2025, um recall emergencial envolvendo cerca de 6.000 aeronaves da família A320 após um incidente grave registrado em um voo da JetBlue. Durante a rota Cancun-Newark em 30 de outubro, um A320 sofreu uma perda abrupta de altitude causada por uma falha nos sistemas de controle de voo, levando a uma aterrissagem de emergência em Tampa, Florida, com vários feridos a bordo. A empresa alertou que a radiação solar intensa pode corromper dados essenciais para a operação dos controles, provocando este grave risco.
Um porta-voz da Airbus declarou que “a prioridade máxima é garantir a segurança dos passageiros e tripulações mundialmente, e por isso esta atualização de software e eventuais reparos de hardware são mandatórios antes do próximo voo de cada aeronave afetada”.
Outra companhia afetada, a Avianca, ressaltou que mais de 70% de sua frota está sujeita ao recall, o que causou suspensão das vendas de passagens até 8 de dezembro para conseguir cumprir o cronograma dos reparos. Muitas companhias, incluindo Lufthansa, IndiGo e easyJet, também já anunciaram retirada temporária de seus A320 do serviço para as correções necessárias.
A medida gerou impactos imediatos nas operações globais, com milhares de voos podendo ser atrasados ou cancelados, especialmente neste fim de semana considerado movimentado para viagens. A Agência de Segurança da Aviação da União Europeia já emitiu uma diretiva emergencial para a instalação obrigatória da atualização até 30 de novembro, sob risco de aterrissagem forçada de aeronaves não adaptadas.
A falha está relacionada ao sistema AC (elevator aileron computer), que transmite comandos dos controles do piloto para os elevadores traseiros da aeronave, fundamentais na manutenção do controle de inclinação e altitude do avião.
