Por: Lucas de Azevedo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o crescimento alarmante de casos e mortes por malária, com 610 mil vítimas fatais registradas no ano passado, destacando a persistência da doença como uma grave ameaça à saúde pública global.
Em entrevista concedida na última quinta-feira, 4, o Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, enfatizou:
“As mudanças climáticas representam um risco substancial para o progresso no combate à malária, especialmente em regiões vulneráveis. Respostas sustentáveis e resilientes são mais necessárias do que nunca”.
Especialistas da OMS detalharam que a África concentra 95% das mortes, totalizando 597 mil óbitos em 2023, com um aumento de 11 milhões de casos em relação ao ano anterior. Pedro Alonso, diretor do Programa Global de Malária da OMS, afirmou:
“Muitos em situação de risco ainda não têm acesso aos serviços para prevenir, detectar e tratar a doença, o que exige esforços revitalizados”. Esses dados reforçam a urgência de vacinas como R21/Matrix-M e RTS,S/AS01 para proteger crianças em áreas de alto risco.
Autoridades reforçam que perturbações como a pandemia de Covid-19 e eventos climáticos extremos, como as enchentes no Paquistão, impulsionaram o aumento de casos em cinco vezes em algumas regiões.
Também na última quinta-feira, 4,, o Dr. Tedros concluiu: “É preciso reinvestir, reimaginar e reforçar as estratégias para acabar com a malária até 2035”. A foto de arquivo ilustra o mosquito vetor e campanhas de prevenção em comunidades vulneráveis.
