Ao menos 55 migrantes morrem em acidente com um caminhão superlotado no México

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O acidente com um caminhão reboque na quinta-feira, 23, em Tuxtla Gutiérrez, no México, deixou ao menos 55 migrantes mortos e 73 feridos, em uma das maiores tragédias migratórias ao longo da rota da América Central para o norte do continente americano.

Segundo o diretor da Defesa Civil do Estado, Luis Manuel García, ao menos 150 migrantes centro-americanos estavam escondidos no interior do veículo quando o caminhão perdeu os freios em uma curva fechada e bateu no trecho que leva a Chiapa de Corzo. O caminhão reboque tinha saído da Guatemala nesta manhã e se dirigia a Veracruz para depois chegar a Puebla.

O acidente aconteceu por volta das 15h30 (18h30 em Brasília), antes de chegar a um dos muitos postos de controle militar que monitoram a passagem de migrantes centro-americanos nessa rota. Um funcionário da Defesa Civil de Chiapas explicou que os migrantes que viajavam no caminhão “vinham de diferentes países da América Central.”

O caminhão circulava em “excesso de velocidade”, o que fez com que o reboque do veículo se soltasse. Depois do acidente, os mortos ficaram espalhados pelo asfalto. Três deles são menores de idade.

O governador de Chiapas, Rutilio Escandón, lamentou a tragédia e disse via Twitter que deu instruções para dar “pronta atenção e assistência aos feridos”. E acrescentou:

“A responsabilidade será determinada de acordo com a lei”. Os moradores da região disseram à imprensa local que o motorista do caminhão fugiu pelo rio Grijalva logo após o acidente.

Equipes da Cruz Vermelha, bombeiros e Defesa Civil foram enviadas à região do acidente. Alejandro Martín, oficial do corpo de bombeiros, confirmou a presença de vários menores no acidente e disse que todos os migrantes foram encaminhados a hospitais da região.

A rota do caminhão que tombou é um dos corredores de migrantes mais habituais para os que fogem da violência na América Central. O trajeto —que passa pela capital do Estado, Tuxtla— geralmente continua em direção a Veracruz e assim se aproxima da capital do país, que durante a crise migratória deste ano se tornou um destino possível para milhares de migrantes.

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