Por: Lucas de Azevedo
Na madrugada do último domingo (7), o Tehtaan Kenttä, estádio do tradicional FC Haka, em Valkeakoski, no sul da Finlândia, foi parcialmente destruído por um incêndio provocado por três adolescentes revoltados com o rebaixamento do clube para a segunda divisão finlandesa, episódio que escancarou o limite entre paixão e vandalismo no futebol europeu e levou a polícia a abrir investigação e a diretoria a preparar um plano emergencial de reconstrução.
Segundo as autoridades, todos os envolvidos têm menos de 15 anos, e um deles confessou ter acendido o objeto que deu início às chamas, mas, pela legislação do país, não poderá responder criminalmente, apenas civilmente pelos danos causados.
“A sensação é de luto, ver a nossa casa assim é devastador, mas não podemos confundir amor ao clube com destruição”, afirmou um torcedor que esteve no local na manhã da última segunda-feira (8), enquanto observava os escombros da arquibancada de madeira, totalmente consumida pelo fogo e que antes recebia cerca de 400 pessoas em um estádio com capacidade superior a 3 mil lugares.
Em nota divulgada no mesmo dia, um dirigente do Haka classificou o episódio como “o momento mais doloroso da história recente do clube” e ressaltou que a prioridade agora é garantir recursos para recuperar a estrutura e o gramado sintético danificados, reforçando que “nenhum resultado em campo pode justificar um ataque ao patrimônio que pertence a toda a cidade”.
Imagens registradas por moradores e compartilhadas nas redes sociais mostram o céu iluminado pelas chamas e parte da tribuna desabando, cenas que hoje integram o acervo fotográfico da investigação e que já são usadas pelo clube em campanhas para arrecadar fundos e envolver a comunidade na reconstrução do estádio.





