Por: Lucas de Azevedo
A comissária de segurança digital da Austrália, Julie Inman Grant, (foto), defendeu em entrevista concedida em seu escritório em Sydney na última quarta-feira (10), a proibição pioneira ao uso de redes sociais por menores de 16 anos, que entra em vigor no país nesta data, destacando uma convergência de interesses com os Estados Unidos apesar das críticas de gigantes tech americanas.
“Eu ouço de pais, ativistas e cidadãos comuns na América que dizem ‘nós queremos um eSafety como o de vocês na América, um governo que priorize a segurança de pré-adolescentes e adolescentes em vez dos lucros da tecnologia'”, afirmou Inman Grant, ex-funcionária de Microsoft e Twitter, rejeitando o “excepcionalismo tecnológico” das plataformas e comparando a regulação a padrões de segurança aplicados a veículos e remédios importados:
“Não há outra indústria voltada ao consumidor no mundo onde não exijamos adesão a padrões de segurança”. Ela enfatizou que “há mais que nos une do que nos separa”, citando colaborações com o Departamento de Segurança Interna dos EUA contra material de abuso sexual infantil e a lei Take It Act, assinada pelo presidente Donald Trump em maio, como exemplo de alinhamento, enquanto plataformas como Instagram, TikTok, Snapchat e YouTube se preparam para cumprir a lei sob pena de multas de até 495 milhões de dólares australianos, embora desafios de enforcement e reputação possam impulsionar a conformidade.


