Autoridades belgas realizam buscas nos escritórios do Serviço Europeu para Ação Externa, braço diplomático da UE

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Autoridades belgas realizaram buscas nos escritórios do Serviço Europeu para Ação Externa (EEAS), braço diplomático da União Europeia (UE), e no College of Europe, em Bruges, na manhã de terça-feira, 2, como parte de uma investigação antifraude conduzida pelo Escritório Europeu do Promotor Público (EPPO).

Três pessoas foram detidas, incluindo suspeitas de que Federica Mogherini, reitora do College of Europe e ex-alta representante da UE, esteja entre elas, segundo relatos da mídia belga VRT. A operação visa apurar irregularidades em um programa de treinamento de nove meses para jovens diplomatas, financiado pela UE entre 2021 e 2022.

Em comunicado oficial na mesma terça-feira, o EPPO afirmou: “Há fortes suspeitas de que regras de concorrência leal foram violadas durante o processo de licitação, com compartilhamento de informações confidenciais a um dos candidatos”, destacando possíveis crimes como fraude em contratações, corrupção, conflito de interesses e violação de segredo profissional.

O foco está na European Union Diplomatic Academy, licitada ao College of Europe, com indícios de que o EEAS teria repassado dados privilegiados antes da adjudicação.

Um porta-voz da Comissão Europeia, durante coletiva de imprensa na terça-feira, 2 de dezembro de 2025, confirmou: “Podemos confirmar que a polícia esteve hoje no prédio do EEAS; a investigação em curso refere-se a atividades do mandato anterior”. A porta-voz, Anitta Hipper, evitou detalhes sobre os detidos ou se eram funcionários da UE, enfatizando que o caso remonta ao período sob Josep Borrell, sucedido por Kaja Kallas em dezembro de 2024.

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