Aviões de patrulha alemães vão caçar submarinos russos

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O ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, embarcou em um voo de reconhecimento sobre o Atlântico Norte a partir de Lossiemouth, no norte da Escócia. A bordo de um Boeing 737 da Força Aérea Real britânica, ele pôde ver como submarinos russos e embarcações suspeitas podem ser detectados usando radares e sonares altamente sensíveis.

“Descemos bem baixo, cerca de 300 metros, e pudemos ver os navios balançando nas ondas altas”, disse Pistorius à DW após um voo de duas horas com um piloto alemão na cabine.

O Poseidon, ou P-8 (termo militar para o Boeing 737 cinzento e sem janelas), foi projetado principalmente para detectar submarinos russos que frequentemente partem do porto russo de Murmansk com destino ao Atlântico Norte. Nenhum submarino foi avistado durante o voo de demonstração, mas o ministro pôde testemunhar o lançamento de boias sonares da popa do Boeing que são capazes de detectar o ruído dos motores dos navios a quilômetros de distância.

A Marinha alemã receberá oito desses modernos sistemas de reconhecimento e vigilância aerotransportados. A Força Aérea Real britânica e as Marinhas da Noruega e dos Estados Unidos já os possuem. Juntos, esses Estados-membros da Otan planejam monitorar o Atlântico Norte e o Mar Báltico a partir das bases aéreas de Lossiemouth, Keflavik, na Islândia, e Nordholz, na Alemanha.

Maior presença de submarinos russos

“Decidimos que a Força Aérea Real e as tripulações navais alemãs caçarão conjuntamente submarinos russos. A segurança europeia e a Otan estarão protegidas a partir de Lossiemouth”, disse o secretário britânico de Defesa, John Healey, após uma reunião com seu colega alemão.

De acordo com as autoridades da Otan, os movimentos de submarinos russos, alguns dos quais possuem propulsão e armas nucleares, aumentaram significativamente nos últimos anos. “Esta é uma ameaça estratégica”, disse um oficial que preferiu não se identificar. Submarinos têm permissão para mergulhar em águas internacionais em tempos de paz. Como não possuem transponders [dispositivos eletrônicos de comunicação que enviam e recebem sinais] a bordo, sua localização é difícil de determinar.

A Otan, portanto, estabeleceu uma rede de sistemas de vigilância, cuja espinha dorsal são as aeronaves de reconhecimento aéreo. O principal objetivo é determinar a distância na qual os russos se aproximam da costa dos países da aliança do Atlântico Norte e se estão cruzando fronteiras marítimas nacionais. 

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